sábado, 22 de maio de 2010

Educar para ser somente empregável

A formação de “novos trabalhadores” é o que há se observado a partir da reestruturação produtiva da economia competitiva e da globalização, onde os alunos saem das escolas técnicas profissionais trabalhadores flexíveis, polivalentes e moldados para a competitividade.
Hoje em dia a Educação Técnica e o Ensino Médio não direcionam seus ensinamentos para desenvolver cidadãos capazes de lutar contra a ideia produtivista, que é a ideia da reestruturação produtiva do processo de globalização excludente, mas sim preparam o aluno para atender as exigências do mercado, para poderem ser empregáveis e competitivos (ensina-se o mínimo para poderem competir).
Trabalha-se apenas a capacidade de empregabilidade, requalificando trabalhadores desempregados, formação técnica modular com menor duração e com currículo curto é o que o governo deseja com a separação da formação técnica e profissional, da formação geral, pois pensam que é isto que pode nos ajustar a nova ordem mundial definida pela globalização e pela reestruturação produtiva, não formando mais pessoas qualificadas para garantir postos de trabalho ascender numa determinada carreira.
Portanto agora trata- se de adquirir serviços de bens para competir no mercado produtivo e não mais a educação e formação técnica - profissional como um direito individual de todos.
Resta somente uma perspectiva educativa produtivista, mercadológica, pragmática para atender a nova ordem mundial definida pela globalização, que acaba por aumentar o fosso para os excluídos.

Extraído do livro Sociologia para os jovens do século XXI, de Luiz Fernando de Oliveira e Ricardo Cesar Rocha da Costas.
Editora Imperial Novo Milênio.
Capítulo 3, paginas 80, 81 e 82.

Nenhum comentário:

Postar um comentário