sábado, 22 de maio de 2010




O desemprego estrutural verifica-se quando o número de desempregados é superior ao número de trabalhadores que o mercado quer contratar e esse excesso de oferta de trabalhadores não é temporário. Na maior parte dos mercados, o excesso de oferta de um bem levaria a uma descida do seu preço, que faria aumentar a quantidade procurada e eliminaria o excesso de oferta inicial. Assim, o desemprego estrutural ocorre porque existem fatores que impedem as variações dos preços, como por exemplo, a existência de um salário mínimo e legislação laboral que impede a flexibilidade de salários.






Ele resulta das mudanças da estrutura da economia. Estas provocam desajustamentos no emprego da mão-de-obra, assim como alterações na composição da economia associada ao desenvolvimento. Existem duas causas para este tipo de desemprego: insuficiência da procura de bens e de serviços e insuficiência de investimento em torno da combinação de fatores produtivos desfavoravéis. Esse tipo de desemprego é mais comum em países desenvolvidos devido à grande mecanização das indústrias, reduzindo os postos de trabalho.



O desemprego causado pelas novas tecnologias, como a robótica e a informática, recebe o nome de desemprego estrutural. Ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas de organização do trabalho e da produção. Tanto os países ricos quanto os pobres são afetados pelo desemprego estrutural, um dos graves problemas de nossos dias.

Os principais setores atingidos pelo desemprego estrutural são: Agricultura, prestação de serviços e indústria.

Educar para ser somente empregável

A formação de “novos trabalhadores” é o que há se observado a partir da reestruturação produtiva da economia competitiva e da globalização, onde os alunos saem das escolas técnicas profissionais trabalhadores flexíveis, polivalentes e moldados para a competitividade.
Hoje em dia a Educação Técnica e o Ensino Médio não direcionam seus ensinamentos para desenvolver cidadãos capazes de lutar contra a ideia produtivista, que é a ideia da reestruturação produtiva do processo de globalização excludente, mas sim preparam o aluno para atender as exigências do mercado, para poderem ser empregáveis e competitivos (ensina-se o mínimo para poderem competir).
Trabalha-se apenas a capacidade de empregabilidade, requalificando trabalhadores desempregados, formação técnica modular com menor duração e com currículo curto é o que o governo deseja com a separação da formação técnica e profissional, da formação geral, pois pensam que é isto que pode nos ajustar a nova ordem mundial definida pela globalização e pela reestruturação produtiva, não formando mais pessoas qualificadas para garantir postos de trabalho ascender numa determinada carreira.
Portanto agora trata- se de adquirir serviços de bens para competir no mercado produtivo e não mais a educação e formação técnica - profissional como um direito individual de todos.
Resta somente uma perspectiva educativa produtivista, mercadológica, pragmática para atender a nova ordem mundial definida pela globalização, que acaba por aumentar o fosso para os excluídos.

Extraído do livro Sociologia para os jovens do século XXI, de Luiz Fernando de Oliveira e Ricardo Cesar Rocha da Costas.
Editora Imperial Novo Milênio.
Capítulo 3, paginas 80, 81 e 82.

domingo, 9 de maio de 2010

A vida de Karl

Economista, filósofo e socialista alemão, nasceu em 5 de Maio de 1818 em Trier.


O pai, advogado, israelita, converteu-se em 1824 ao protestantismo. A família, abastada e culta, não era revolucionária. Depois de ter terminado os seus estudos no liceu de Trier, Marx entrou na Universidade de Bona e depois na de Berlim; aí estudou direito e, sobretudo história e filosofia.
Formou-se, e em 1841, com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro. Em 1842 assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades.
Ao sair da Universidade, Marx fixou-se em Bona, onde contava tornar-se professor. Mas a política reacionária de um governo que, em 1832, tinha tirado a Ludwig Feuerbach a sua cadeira de professor, recusando-lhe novamente o acesso à Universidade em 1836, e que em 1841 proibira o jovem professor Bruno Bauer de fazer conferências em Bona, obrigou Marx a renunciar a uma carreira universitária.
Marx começou a trabalhar em um jornal e sob sua direção, a tendência democrática revolucionária do jornal acentuou-se cada vez mais e o governo começou por submetê-lo a uma dupla e mesmo tripla censura e acabou por ordenar a sua suspensão completa a partir de 1 de Janeiro de 1843. Por essa altura, Marx viu-se obrigado a deixar o seu posto de redator, mas a sua saída não salvou o jornal, que foi proibido em Março de 1843.
Em 1843, Marx casou-se, em Kreuznach, com Jenny von Westphalen, amiga de infância, de quem já era noivo desde o tempo de estudante. A sua mulher pertencia a uma família nobre e reacionária da Prússia.


Em 1844, conheceu em Paris Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels publicaram o folheto O Manifesto Comunista, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista.
Marx foi expulso de Paris como revolucionário perigoso e foi para Bruxelas, onde fixou residência. Na Primavera de 1847, Marx e Engels filiaram-se numa sociedade secreta de propaganda, a "Liga dos Comunistas" , tiveram papel destacado no II Congresso desta Liga (Londres, Novembro de 1847) e por incumbência do Congresso redigiram o célebre Manifesto do Partido Comunista, publicado em Fevereiro de 1848. Esta obra expõe, com uma clareza e um vigor geniais, a nova concepção do mundo, o materialismo conseqüente aplicado também ao domínio da vida social, a dialética como a doutrina mais vasta e mais profunda do desenvolvimento, a teoria da luta de classes e do papel revolucionário histórico universal do proletariado, criador de uma sociedade nova, a sociedade comunista.
Em 1848, Marx foi expulso de Bruxelas pelo governo belga. Junto com Engels, mudou-se para Colônia, onde fundam o jornal Nova Gazeta Renana.Após ataques às autoridades locais publicados no jornal, Marx foi expulso de Colônia em 1849. Até 1848, Marx viveu confortavelmente com a renda oriunda de seus trabalhos, seu salário e presentes de amigos e aliados, além da herança legada por seu pai. Entretanto, em 1849 Marx e sua família enfrentaram grave crise financeira; após superarem dificuldades conseguiram chegar a Paris, mas o governo francês proibiu-os de fixar residência em seu território, e partiu depois para Londres, onde viveu até ao fim dos seus dias.
As condições desta vida de emigração eram extremamente penosas, Marx e a família viviam literalmente esmagados pela miséria; sem o apoio financeiro constante e dedicado de Engels, Marx não só não teria podido acabar O Capital, como teria fatalmente sucumbido à miséria. Além disso, as doutrinas e as correntes predominantes do socialismo pequeno-burguês, do socialismo não proletário em geral, obrigavam Marx a sustentar uma luta implacável, incessante e, por vezes, a defender-se mesmo dos ataques pessoais mais furiosos e mais absurdos.


A época da reanimação dos movimentos democráticos, no final dos anos 50 e nos anos 60, levou Marx a voltar ao trabalho prático. Foi em 1864 (em 28 de Setembro) que se fundou em Londres a célebre I Internacional, a "Associação Internacional dos Trabalhadores". Marx foi a sua alma, sendo o autor do primeiro "Apelo" e de um grande número de resoluções, declarações e manifestos. Unindo o movimento operário dos diversos países, procurando orientar numa via de atividade comum as diferentes formas do socialismo não proletário, pré-marxista combatendo as teorias de todas estas seitas e escolas, Marx foi forjando uma tática única para a luta proletária da classe operária nos diversos países.
Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional, desempenhando dominante papel de direção. Em 1867 publicou o primeiro volume da sua obra principal, O Capital. Dentro da I Internacional encontrou Marx a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx podia patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que foi, porém, logo depois, proibido.

Em 2 de Dezembro de 1881, morre a sua mulher. Em 14 de Março de 1883, Marx adormecia pacificamente, na sua poltrona, para o último sono. Vários filhos de Marx morreram muito jovens, em Londres, quando a família atravessava uma grande miséria. Três das suas filhas casaram com socialistas ingleses e franceses: Eleanor Aveling, Laura Lafargue e Jenny Longuet; um dos filhos desta última é membro do Partido Socialista Frances.

Bibliografia:
www.marxists.org/
www.culturabrasil.org/
www.wikipedia.org.br/

Frases de Karl Marx


“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.”

“Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo.”

“O dinheiro é a essência alienada do trabalho e da existência do homem; a essência domina-o e ele adora-a.”



Bibliografia:

www.pensador.info/

terça-feira, 4 de maio de 2010

O dia do trabalhador

No dia 1º de maio de 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade de Chicago.

Milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes.

Em 1889, a central sindical chamada Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional.

No Brasil, a data foi consolidada em 1924 no governo de Artur Bernardes. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas, as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nesta data.
  • 1º de maio de 1940: Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer)

  • 1º de maio de 1941: foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.

Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.